Entre os dias 15 e 29 de outubro, o reitor Jairo Campos esteve na Austrália em uma missão da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), que estabelece cooperações e mobilidade acadêmicas, reunindo universidades de todo o mundo em um intercâmbio para socializar suas experiências.
De acordo com o reitor, “as universidades brasileiras têm cada vez mais se internacionalizado e a Uneal tem perseguido esse caminho trocando figurinhas com os grandes centros de excelência do mundo inteiro”.
Com esse propósito, nos próximos dias, o reitor estará cumprindo uma importante agenda institucional no Canadá, à convite da Universidade de Concórdia de Edmonton, levando a experiência da Uneal com o Programa de Formação de professores Indígenas, que formou a terceira turma do Brasil.
Criado no governo Lula, o Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Interculturais Indígenas (PROLIND) é um programa realizado pelo Ministério da Educação (MEC), numa iniciativa conjunta da Secretaria de Educação a Distância, Alfabetização e Diversidade (Secadi) e da Secretaria de Ensino Superior (SESU), cujo principal objetivo é apoiar financeiramente cursos de licenciatura especificamente destinados à formação de professores indígenas, através de licenciaturas interculturais.
A Uneal é a primeira Universidade de Alagoas a realizar o programa e já formou oitenta índios nas licenciaturas de Pedagogia, Letras, História e Ciências Biológicas. Apesar do desejo da Universidade em dar continuidade ao Programa e estendê-lo, o curso terminou em 2015 e por uma questão de contenção de investimentos para educação do governo atual, o programa foi suspenso.
“Minha ideia seria continuar a ofertar esse programa para internalizar todas as licenciaturas para um público de mais cem índios alagoanos”, expressa com pesar o Reitor, lamentando a redução de verbas para as Universidades: “na verdade, a gente vive hoje um momento de restrição, de contingenciamento, de regressão”. De acordo com ele, “o Brasil na era Lula e Dilma viveu momentos muito bons de reconhecimento, valorização e projetos que deram uma levantada nos indicadores sociais dos nossos índios”.
No Canadá
O fato de a Uneal ter sido a primeira universidade alagoana a realizar o programa, expressando o que o reitor considera “um sentimento de pertencimento com os povos indígenas”, credenciou a Universidade em um padrão de desenvolvimento, se destacando internacionalmente.
Com isso o reitor foi convidado, com despesas pagas pela Universidade de Concórdia deEdmonton, para representar o Brasil e socializar com outras universidades do mundo, sua experiência com a formação de professores indígenas. Acompanhado o Reitor na agenda, está o professor Adelson Lopes Peixoto, cuja linha de pesquisa é a questão indígena em Alagoas.
Em agenda desde a quinta-feira 16, o reitor Jairo Campos palestrou na sexta-feira 17, na Universidade de Concórdia e na Universidade de Alberta, ambas na cidade de Edmonton, cidade canadense que reúne o maior índice populacional de índios do país.
Com a Universidade de Concórdia deEdmonton, o reitor da Uneal assinou um convênio de cooperação técnica com foco em pesquisas e ações voltadas à índios.
Orgulhoso do papel da Uneal, o reitor Jairo Campos garante mais esforços no sentido de novas conquistas entendendo que desse modo se colabora também com a agenda positiva de Alagoas no mundo.
Articulam todas as transações, os assessores de relações internacionais das Universidades de Concórdia deEdmonton e da Uneal: o professor Manfred Zeuch, representando o reitor que se encontra em viajem, e a professora Valéria Campos, respectivamente.
A missão internacional se encerra no domingo 26.